11 de dezembro de 2011

Papéis invertido

Texto escrito pro concurso do blog casal sem vergonha pra concorrer a vaga de colunista do blog.


Papéis invertido
“O mundo está ao contrário e ninguém reparou.”
A frase acima exemplifica bastante a inversão dos papéis que o mundo está encenando nos últimos anos. Já estudamos romantismo, barroco, realismo, agora é a hora de compreender o contemporâneo. Há tempos vemos percebendo as transformações que o mundo está passando e o valor que essas mudanças estão recebendo na sociedade. Com muita luta, discussão e contrariedade aos poucos as novas filosofias masculinas e femininas vão ganhando espaço.

HOMEM MULHER. MULHER HOMEM
Quantas e quantas vezes ao sair pra uma festa não foram vistos homens praticando agropecuária e cultivando um verdadeiro rebanho na balada enquanto delicadas mulheres esperavam um romance com o único beijo da noite. Também foi comum homens esbanjarem as múltiplas conquistas noturnas para os amigos enquanto as mulheres choravam no dia seguinte porque ele não ligou.  Não vou dizer nesse texto que essas situações ainda não acontecem, pelo contrário, acontecem e muito, mas os tempos mudaram. As mulheres com aquele argumento chato de que é  moderna e conquistou seu espaço no mercado de trabalho, também se apropriou da liberdade. Liberdade de opinar de se impor de se respeitar e de dar pra quem ela quem quiser.
Hoje os papéis se inverteram e quem reclama da falta de decência no mundo são os homens e não mais as mulheres. Quem nunca ouviu aquele amigo dizendo: ela não presta, ela não quer nada com nada, ela é mulher pra pegar, tá difícil encontrar uma mulher boa hoje. Muitos homens irão concordar comigo nesse momento e vos digo. Não são as mulheres que não prestam e sim o mundo que tá diferente. É cada vez mais crescente encontrar mulheres preocupadas com o futuro profissional e o sucesso econômico, ouvir dizer que casamento e filhos já não são mais prioridades é quase clichê e o mais interessante que isso é a liberdade mental que isso tá causando no tão complicado cérebro feminino. Mulheres liberais e com cabeça aberta que não tem mais tempo pra tabus e preconceitos arcaicos sobre sexualidade.
Se elas não prestam não é porque deu pra você no primeiro encontro, muito menos porque arreganhou as pernas pra cima enquanto você, homem contemporâneo, queria algo mais leve nas primeiras vezes. Ela não presta porque ela mudou e não segue mais os padrões que a sociedade impunha, não dormem mais com homens pra serem a mocinha feliz do conto de fadas e sim pra gozar e ter prazer, abrindo possibilidades pra homossexualidade.
Muita coisa está mudando e vai mudar, será cada vez mais comum ver mulheres a frente de suas vidas guiando sua própria independência. Também será visto com mais frequência, homens sensíveis. Eu disse sensível, não gay. Procurando alguém pra abraçar e assistir filme nas noites frias ou talvez procurando uma namorada na balada. Só precisamos nos adaptar as mudanças.
Se o mundo está mesmo ao contrário é a hora de começar a reparar então. Comece com um like na página.
Futura colunista: Mariana Silos

18 de setembro de 2011

Androginia

 Neste post, deixo as palavras retirada de um artigo apresentado no colóquio falarem por mim. 

Entre o n(ex)o e o s(ex)o: formação de sentido, gênero e cultura das aparências
Marco Antônio Vieira

"Ainda que tomemos de empréstimo construtos de Lacan e de Judith Butler para falarmos desse mistério que é puro gris, pois que se encontra numa zona fronteiriça, numa zona litoral e o que é esta margem entre a água e a terra senão isto a que se chama fronteira?...
Andrej Pejic 2011 

...androginias. Uma vez que a roupa e a construção da aparência são máscara e encenação, as estruturas sígnicas atreladas à apresentação do macho ou da fêmea em nossa espécie são pura construção formal, situadas historicamente, dados da cultura de um período e civilização.
Ao analisarmos o panorama de imagens do passado da civilização ocidental, constata-se o quão infinitamente mais paramentados e enfeitados eram os homens do passado. Mesmo em Roma, onde , como se sabe, imperava certa austeridade no tocante às roupas, quando se comparam os romanos aos bizantinos, por exemplo, um senador era incapaz de vestir-se sem o auxílio de um servo encarregado de recobrir e envolver o corpo de seu amo com cerca de 6m de tecido. Cabe ainda lembrar que só os cidadãos romanos podiam trajar a toga e, portanto, excluíam-se deste privilégio societal, as mulheres, o que assinala o quanto o gênero sempre esteve associado às estruturas autorizadoras do poder na sociedade.
Jóias, maquiagem, penteados cobriam os corpos de mulheres e homens nas civilizações antigas de forma quase indistinta, com a possível ressalva de que aos homens à frente destas civilizações, seus monarcas, faraós, cabia maior dose de esplendor. A maioria destas civilizações, cabe lembrar, eram falocêntricas. Entre os animais, são os machos, como no caso de muitos pássaros, que se valem da exuberância de seus corpos para seduzir as fêmeas. Não se pode esquecer que um dos maiores ícones da moda na civilização ocidental foi um homem, Louis XIV, o Rei Sol, que esteve à frente da França Barroca e foi um grande amante do salto alto.
...O século XX abole em alguns momentos algumas dessas convenções e torna-se então um palco em que novas cenas para a apresentação da sexualidade se encenam.As fronteiras entre o masculino e o feminino começam a borrar-se intensamente e a um só tempo seduzem e assombram pelo mistério que comportam...
...Não existimos, portanto, a não ser como meios, mensagens de algo para alguém. Irremediavelmente fadados à redução linguageira, ao falar, ao interpretar uma imagem, evocam-se redes de significação outrora tramadas.
É o Outro da linguagem que fala por nós: rios de fios, novelos perdidos mas que não cessam de tramar-se a novas redes produzindo outros surtos de significação: Passado, presente e futuro confundem-se assim e aqui.
...O corpo-vestido masculino encontra-se hoje em um entre-lugar, o que significa que também a mulher se depara com as imagens encarregadas de traduzir a feminilidade em suspensão. Ocorre que, por uma espécie de esgotamento dos recursos e possibilidades de composição do design de moda feminino até por conta mesmo do fato de que o corpo-vestido masculino permaneceu, em linhas gerais, congelado e engessado, uma espécie de hibernação desde o século XIX, os olhares da moda voltam-se agora àquilo que pode advir do design de moda para o corpo do homem. É natural, portanto, que se abra uma palheta de possibilidades até há pouco tempo interditada ao universo masculino: inusitadas e incomuns combinações cromáticas, têxteis e formais, que incluem: saias–adotadas pelo Diretor de Criação da Louis Vuitton Marc Jacobs em suas últimas aparições públicas, calças de inspiração orientalista (Osklen, Mário Queiroz, Akihito Hira), paetês (Alexandre Herchcovitch), para citar apenas algumas das marcas e criadores que se aventuraram na busca de novas traduções do corpo-vestido masculino...
...O Design de Moda, nestes contextos, assume o papel de tradutor visual de novos olhares tramados sobre os lugares vestimentais do homem e da mulher. Trata-se, em outras palavras, de quase-manifestos, de defesas públicas de teses acerca de como se pode olhar um homem, a partir da maneira, modus, factio que ele se apresenta por meio de como recobre, envolve e adorna seu corpo´´.

15 de setembro de 2011

De onde vem as boas ideias


O acaso favorece a mente conectada.

Moda de rua

Aconteceu nessa semana o 7° Colóquio de Moda. Uns dos maiores eventos de moda do país é, na minha opinião, o mais interessante da área fashion, o congresso é voltado para a pesquisa e conta com professores, escritores, mestrandos, doutorandos e graduandos na área e afins como sociologia, arquitetura, antropologia, história, design entre outros.
Cada palavra solta é um aprendizado e isso é o que mais me encanta, uma reunião para o desenvolvimento dos conceitos e embasamentos para o estudo da moda.

Muitas palestas me cativam e esse ano a que mais me interessou foi da figurinista da globo Emília Duncan, a apresentação foi sobre o figurino da minissérie Amazônia, antes de começar  Ducan disse -`` figurinistas tem que ser aventureiros, capazes de viajar em qualquer mundo e apreciar cada diferença´´. Ao ouvir e anotar esse comentário surgiram milhões de ideias em minha cachola e decidi fazer um post sobre, dentro do meu conceito, o ``anormal´´, e com fotos de pessoas que me chamaram a atenção dar minha opinião.




A primeira foto é do artista Hélio Leites que apresentou a performance O pregador de botões. Entre muitas misturas e criações alguma referência pode ser decifrada. A roupa do artista é toda pregada de botões, inclusive os sapatos, as calças são pintadas e por esta razão expressa o artista: um contador de histórias.




Podem dizer que é feio, estranho, sem noção, mas tanta criatividade não foge do que ditam ser moda por ai. A personalização ou customização é um conceito bastante em alta e tende a crescer ainda mais é uma forma de reciclagem e sustentabilidade da peça.











A segunda foto é da doutora em psicologia clínica pela PUC/SP e professora do curso de graduação e pós-graduação em Moda da Universidade Anhembi Morumbi, Rosane Preciosa. Conheci a professora nos colóquios e sempre apreciei a maneira autentica de se vestir, alegre, independente, estilosa e livre de conceitos e paradigmas são definições minha referente a ela.

Seus looks são sempre engraçados, adoro a maneira como brinca com as cores e roupas. Mochila, sapato oxford e renda estão em alta, Preciosa utilizou-as de forma irreverente, ADORO.







E fazendo um gancho com a referência da figurinista também vou postar um personagem que conheci no Rio de Janeiro, personalidade excêntrica que me chama atenção.

 A imagem não é bonita nem é um motivo de apreciação, um andarilho, sujo, pedindo esmola pelas ruas do Rio de Janeiro.
É uma imagem triste, mas gosto da forma como ele usa a roupa pra se comunicar com as pessoas. Está com fome, precisando de dinheiro e anda que nem uma diva pra poder conseguir o que quer. Conversei com o personagem, pessoa simpática que entre elogios e esnobes conseguia um certo carisma.

Pode parecer idiota assimiliar um andarilho as tendências de moda, mas dá pra fazer inúmeras ligações com a foto, primeiro sobre a circulação dos produtos de moda, segundo a forma como esses produtos são introduzidos no cotidiano dessa pessoa e em terceiro as tendências de uma forma diferente, a saia que já foi mini e hoje é longa, a sobreposição de estampas e a bolsa de palha que é febre no exterior formam o look da personagem. 
Apreciar as belezas ocultas pelos olhos é um exercício interessante, libere sua íris
A BELEZA ESTÁ NOS OLHOS DE QUEM VÊ. 

9 de setembro de 2011

Phebo

Essa semana fui ao Rio de Janeiro e vi muitas coisas interessantes pra postar. Visitei a loja retrô da Phebo, quem gosta de produtos nesse estilo não pode deixar de dar uma passada por lá. A loja é LINDA, ambiente super agradável com produtos e decoração inspirados nos anos 50..
A loja foi inaugurada em 1930 pelos primos portugueses Antonio e Mário Santiago em Belém, no coração da Amazônia. A intenção foi criar uma linha de perfumaria de altíssima qualidade.
O nome Phebo vem do deus grego do sol, foi escolhido para simbolizar o nascimento de uma nova era de perfumaria brasileira. As criações tornaram-se fragrâncias marcantes e originais, que levaram a marca ao nível nacional, querida por gerações e sinônimo de luxo, glamour e moda.

Os produtos Phebo são vendidos em todo Brasil, mas pra quem não pode ir até uma das lojas pode entrar no site http://www.phebo.com.br/ ou ir ao primeiro supermercado que aparecer em sua frente, os sabonetes sempre estão nas prateleiras com preços acessíveis.
A loja que entrei no Rio fica bem no centro nas `` pharmácias´´ Granado. Produtos também retrôs  estão no mercado desde 1870, foram usados pela corte real e preferido de Don Pedro II. Pra saber mais da história e da tradição da mercadoria entre acesse o link: http://www.granado.com.br/produtos/Default.aspx.



 ALGUNS DOS PRODUTOS 

Coloquei alguns produtos comuns, na loja os mais interessantes são os talcos estilo vó e os sabonetes suspensos.. Um mais lindo e cheiroso que o outro.


10 de agosto de 2011

Prostituição...Lixo? Arte?

Mais uma revolta...
Há um tempo venho adiando de assistir um documentário chamado Lixo extraordinário, do artista plástico Vik Muniz. A obra foi indicada ao Óscar desse ano para  Melhor documentário ao abordar o trabalho do artista no maior aterro sanitário do mundo, localizado na cidade de Duque de Caxias- RJ. Vik convive no local  afim de compreender aquele mundo, a vida das pessoas no meio do lixo e como elas se sentem. A partir disso transformar tudo em arte e de alguma forma ajuda-las. Só de assistir o trailer dá pra perceber o quão fantástico e emocionante é o assunto.
Como não estou fazendo nada dessa vida, resolvi assisti-lo ontem e percebi que o trailer não é nada perto do que realmente é o documentário.
É tão bonito ver atitudes como a do artista, são tão poucas as pessoas que fazem pequenas coisas pra fazer a diferença. O próprio artista dá depoimentos dizendo que ele também já foi pobre um dia e que hoje, bem sucedido e reconhecido, quer ajudar com o seu trabalho, mostrando que a vida pode ser melhor e criar um pouco mais de esperança. Nós, nessa realidade privilegiada da sociedade, estamos sempre reclamando da vida, sempre desanimados com o mundo, sempre menosprezando e fechando os olhos para o que está acontecendo em volta, ou julgando os que por alguma razão não tiveram a mesma oportunidade que nós.
Durante o documentário houveram alguns depoimentos em que mulheres diziam que sentiam muito orgulho do que estavam fazendo, que não tinham vergonha de dizer que por falta de dinheiro tiveram que ir ao aterro separar lixo pra poder comer e que agradecem sempre por estarem ali e não nas esquinas se prostituindo. É muito engraçado ver isso, porque coincidentemente nessa semana assisti o filme ''O doce veneno do escorpião'' de Bruna Surfistinha que conta a história da menina de classe média que se deu bem na vida através da prostituição e é ridículo perceber o apoio e a repercussão que o longa teve. No elenco só tinha gente famosa, e pelo visto o marketingo foi tão bom que lá em Portugal eu fiquei sabendo da estréia. Não desmereço a vida que cada um escolhe pra si nem tão pouco o filme, ele é legal, o triste é ver um país movido pra promover essa atuitude, promover o prazer de ganhar a vida se doando e se vendendo, fazer fama e dinheiro a partir desse ato e ''esconder'' trabalhos como o do artista Vik Muniz que teve apoio de uma direção londrina pra ser realizado e ser estréia só nas grandes capitais brasileiras.
E pra não dizer que o artista é falado aqui dentro, vi esses dias o faustão, por alguns segundos, apresentando as obras dele em seu programa, só não ouvi em nenhum momento ele comentar sobre o trabalho que o artista fez no aterro de Gramaxo, nem o bem que fez aos catadores de material reciclável.
Acho que está faltando cartazes nas cidades - Tá sem dinheiro? Então vem dar a b..., no pior das hipóteses você fica famoso, porque pegar lixo, meu amigo, nem dinheiro nem fama só o desprezo de ser tratado como animal por colaborar em deixar a cidade onde pisamos e a casa onde moramos mais limpa.


TRAILER


Esse bimentre irei trabalhar o documentário em uma coleção na faculdade, depois de abandonar o projeto em Portugal, realizarei aqui. Quando terminar eu posto.

8 de agosto de 2011

Semana Paulistana de Curta-Metragem


Nos dias 02 a 07 desse mês (semana passada) realizou-se em São Paulo a Semana Paulistana de Curta-metragem. Os projetos apresentados tinham como tema qualquer abordagem dentro do território nacional.
Foram selecionados 17 curtas que atendiam os critérios: I - Qualidade Técnica do curta-metragem; II - Contribuição para o aprimoramento da linguagem audiovisual; III - Forma inovadora de apresentação de conteúdos de valor social, político, cultural e artístico. Desses, 4 foram premiados:

1º prêmio: Oma, de Michael Wahrmann
2º prêmio: O céu no andar de baixo, de Leonardo Cata Preta
3º prêmio: Haruo Ohara, de Rodrigo Grota
4°prêmio Semana Paulista: Graffiti que mexe, do Coletivo Graffiti com Pipoca.

CURTAS PREMIADOS

1° - Oma


2° - O céu no andar de baixo


3° - Haruo Ohara




4° - Graffiti que mexe


1 de agosto de 2011

Restauração e customização

Customização é um assunto que sempre me interessou, transformar roupas antigas ou simples é uma arte. O trabalho quando bem elaborado é lindo e a roupa nem parece que teve outra vida.
Outro conceito interessante é a restauração, parecido com a customização esse trabalho geralmente é realizado em roupas antigas que precisam de cuidados especiais para consevação. Em Lisboa, o Museu Nacional do Traje realiza esse trabalho em peças de outros séculos, tudo com muito cuidado para manter as características originais.

Esse final de semana fui a um casamento que uniu esses dois trabalhos. A noiva usou um vestido restaurado e customizado por sua tia, Maria Carmem, que deu uma vida nova ao vestido usado por outra noiva. Carminha, como é chamada pela família, faz um trabalho incrível em São Paulo, no seu atêlie confecciona acessórios para empresas que também a enviam peças para customização, a tiara usada por Marília foi ela quem produziu.
O vestido orignal, que por pena não tenho fotos, tinha uma cauda maior, detalhes de rendas no top e um véu. Para Marília, os botõs foram cuidadosamente encapados, a alça de renda foi acrescentada, a cauda excluida e a renda do véu aplicada na barra. O resultado ficou LINDO.
Tirei algumas fotos, mas não ão tenho as com melhores detalhes, ficaram no chip que deixei na cidade dos meus pais. Tentei dar um jeito, mas não é a mesma coisa.

Marília e seu vestido 

Barra com aplicação de duas rendas




Botões encapados e alça rendada

2 rendas


  


28 de julho de 2011

Para os amigos estrangeiros

Enquanto estava em Portugal publicava músicas portuguesas para divulgar um pouco da cultura que estava vivendo. Hoje estou no Brasil e apesar do nosso país ser bem conhecido na gringa, nunca é demais falar do que se passa aqui dentro.
Essa é especialmente para todos os amigos estrangeiros que fiz, portgueses, italianos, espanhóis, turcos, tchecos, slovenos... Um pouco do Brasil.

Tom Zé
O amor é um rock

26 de julho de 2011

Muito mais que uma drogada

To cansada das barbaridades ditas nos telejornais sobre Amy Winehouse. Desde que cheguei ao Brasil fujo de televisão e mesmo os canais bons se tornam ridículos sensacionalistas. Domingo assisti um programa especial sobre a cantora na MTV, que digo de passagem, tinha tudo pra ser bem interessante se não fosse o idiota do apresentador que de tão sem noção me fez desligar a tv.
A morte é trágica, o mundo perdeu mais uma mente brilhante pras drogas e mesmo sendo desagradável ver as situações que os envolvidos passam precisamos perceber que o vício é uma doença e não é fácil encontrar equilíbrio, motivação e força de vontade para encarar e superar o problema. Agora, por que não falam das qualidades da cantora? Da música maravilhosa que fazia e da obra original que deu ao mundo?  Caramba, já sabemos dos problemas que Amy tinha com o vício, ela não era SÓ uma viciada, o mundo tá cheio de problema com as drogas, todo dia pessoas morrem e matam por ela, será que não vale mais a pena enfatizar a perda que todos nós tivemos com a morte da artista do que o "falso" moralismo que droga mata??? É revoltante.
Para além de grandes músicas Amy foi uma inspiração no mundo da moda, seu estilo original foi referência para nós e não podemos deixar de lembrar disso. Obrigada por dividir conosco um pouco do que passa em sua mente.

AMY E A MODA

Isabeli Fontana- Vogue Paris

Isabeli Fontana- Vogue Paris

Bruna Tenório- Chanel 2008





Há três anos minha música e vídeo favorito




Semanas de Moda altenativas- África

A partir de agora terei outro tópico fixo no blog- Semanas de moda alternativas- irei com ele apresentar moda em países não comuns, que para além dos estereótipos oferecem qualidades e inspirações.

É comum assistirmos noticiários sobre as grandes semanas de moda do mundo: Milão, Paris, Londres, Nova York e São Paulo. Com o calendário apertado esses eventos são realizados um atrás do outro apresentando grandes criações e estilistas.
As semanas são esperadas por todos nós, afins e não afins de moda, com muita ansiedade e apesar de me interessar pelos desfiles não faz sentido ser só mais uma a expor em meu blog comentários e tendências. Por isso resolvi pesquisar países "alternativos" com muita moda. 

 SEMANA DE MODA AFRICANA  
 
Inauguro o tópico com África, o continente tem uma importância ultrapassada em nosso meio, virou tradição usar os objetos exóticos em temas de coleções. Os países, cada um com sua cultura específica, tem muito mais pra oferecer ao mundo do que simples cores quentes e pedras de madeira. 
Há dois anos é realizado a edição da African Fashion International que promove as semanas de moda da África do Sul em Cidade do Cabo, Johanesburgo e Durban, a intenção principal é de congregar vários eventos localizados numa grande semana de lançamentos dentro do calendário mundial da moda. 
As peças são bem interessantes e o espetáculo bem organizado, fiz algumas pesquisas e encontrei o que procurava, espero que com esse texto vocês também descubram mais sobre o assunto.

Um pouco de África

 Semana de moda
 
 Estilistas e criações
Abigail Betz
Michelle Ludek

Stefania Morland

Stefania Morland
Thula Sindi


Conheça outros estilistas:
 http://www.afisa.co.za/?cat=3

E eventos mais antigos:
 http://afi.sdr.co.za/

5 de julho de 2011

Moda e arte

Essas semanas tem sido complicadas, a hipersensibilidade de fim de intercâmbio está me deixando um pouco em baixa por isso desde já peço desculpas pelo "abandono" do blog.
Animada novamente, essa semana voltei a procurar blogs legais mais ligados com os assuntos da moda que me cativam, descobri um bem interessante e vou dividir com vocês pra acompanharem também.
Miss Moss é um blog que faz "comparações de cores" entre moda e arte. A autora utiliza pinturas ou cenas de filmes como cartela de cores para montar looks ou fotografa-los nas ruas. Confira abaixo alguns exemplos.

FOTOS DO BLOG





21 de junho de 2011

Som portugues!

E aqui vai mais uma banda portuguesa,  uma das que mais gosto.
Com inspiração no Fado tradicional do pais, Deolinda é uma banda popular portuguesa a 5 anos no mercado.
Os descobri em uma tarde na FNAC que fiquei ouvindo os cds com capas legais na sessão nacional.. Encontrei várias bandas boas assim.

Deolinda

20 de junho de 2011

Meu lado bobo

Hoje terminei de ler o livro da minha vida, Comer Orar Amar. É...pode parecer um pouco bobo, mas nunca vi uma hisória tão parecida com a minha.
O filme se tornou meu porto seguro aqui nessas distâncias, desde a primeira vez que assisti me identifiquei com a narrativa de uma forma impressionante e sempre que passava por algum momento difícil o assistia. Foi assim que incentivei meu péssimo hábito de ler com esse livro.
A estréia aconteceu um mês depois de ter chegado em Portugal e me identifiquei com a história mesmo não vivendo nem metade do meu intercâmbio. Não comi demais na Itália, não orei na Índia nem tão pouco encontrei o meu amor na Indonésia, mas a essência da narrativa me fez apaixonar pela vida da personagem. O fato da autora sair a procura do auto conhecimento, equilíbrio pessoal e forças perdidas durante a rotina da vida foi exatamente o que eu busquei quando vim pra cá.
No começo queria beijar as páginas de tanto que me via naquelas palavras, achava engraçado como ela encarava as viagens que fazia e o que procurava nelas e por incrível que pareça passei por situações bem parecidas. Cheguei a Índia em um momento meio triste, foi o fim de um laço forte que fiz aqui e é justamente nessa parte que ela procurou a libertação de todos os sentimentos e pensamentos que a deixavam mal e em uma palavra ou outra encontrei com ela alguma força através das explicações religiosas e passagens simbólicas energia pra limpar a mente de todo o "lixo" que não me fazia bem. Comecei a Indonésia ainda em um momento chato e enquanto ela encontrava uma grande pessoa eu comparava a minha história com a dela, o medo que eu sinto do relacionamento e da confusão que a paixão pode causar era descrito delicadamente no livro.
Hoje falta exatamente 1 mês pra retornar ao meu país e já posso afirmar que encontrei o que procurava em Portugal assim como ela se encontrou em suas viagens, um ano de aprendizado e muito, muito enriquecimento pessoal.
Poderia terminar o post citando as frases que mais me identifiquei o problema é que teria que digitar todo o livro, etão finalizo da mesma forma que ela finalizou sua experência:
"Não sei como hei de retribuir-lhes. Afinal, talvez devessêmos todos desistir de tentar retribuir às pessoas que sustentam as nossas vidas neste mundo. Afinal, talvez fosse mais sensato rendermo-nos diante do alcance miraculoso da generosidade humana e limitarmo-nos a dizer incessantemente obrigada, para sempre e sinceramente, enquanto tivermos voz."

Singelas comparações bobas

 
A lembrança é minha maior saudade.



O post não é crítico nem está relacionado diretamente com moda, apenas exprime o momento que estou passando agora.

18 de junho de 2011

FEIRASSS

Quem me conhece sabe o quanto eu GOSTO. Calma. Não enfatizei muito bem. Da PAIXÃO que eu tenho por feiras de rua, brechós/ lojas vintages e qualquer outra definição de lugar que vende muamba com preço baixo.
Praticamente em todas minhas viagens visitei algum lugar parecido, e aqui onde vivo tem uma feira bem na esquina da minha casa e é um paraíso. Já comprei sapato por 10,00 euros e encontro por 5,00, anéis e mais anéis por 1,00 euro e algumas roupas com preços bem baixos também.
Claro que nem tudo é bonito, lindo, maravilhoso, mas o fato de ficar vasculhando me agrada demais. É interessantíssimo, dá pra tirar muita coisa legal, tenho vontade de sair fazendo combinações e fico imaginando, eu, ali, no futuro... fazendo pesquisa de mercado pros próximos personagens que deverei personificar. Me encontrei no mundo da moda e essa é uma sensação muito boa.

Eterna feirinha do castelo





17 de junho de 2011

Verão pra todas

E no embalo do verão e da semana de moda no Brasil, mais um post relacionado às roupas de banho.
Queria muito ser estilista de moda praia hoje e poder apresentar minha nova coleção no SPFW. Dou muito valor a originalidade dos estilistas na passarela não só nas roupas, mas também na performance das modelos, no cenário, nas luzes e em todo canto onde a criatividade pode estar.
Todo o ano é a mesma coisa, assistir mulheres maravilhosas com biquinis bonitos é lindo, díficil é chorar dentro do provador escolhendo o modelo perfeito pra esconder a gordura, a cicatriz, a tatuagem mal feita, o bumbum enorme, o seio enorme, a celulite, os pelos encravados, a pele branca, a pele caída e no final decidir que verão bom é verão dentro de casa assitindo filme. Mulher magra pode usar um modelo rasgado, sujo ou inadequado que tá linda agora uma mulher real vestir um biquini/ maiô sim que é missão díficil.
Juro que gostaria muito de promover um desfile, nele só colocaria tipos de mulheres normais com biquinis maravilhosos salientando os pontos positivos que todas tem, acho que um bom designer e estilista cuidam desse assunto e não vendem só simples peças de roupa, mas também bem-estar psicológico.
Não gosto e não sou nada a favor de ver minhas amigas sempre chateadas com o corpo porque não correspondem com aquele esbelto da passarela e por mais bobo que eu ache, concordo que fica dificil criar uma auto-estima boa quando toda a sociedade está voltada para a perfeição.
Por isso se você não está contente com seu corpo, se você é normal e tem defeitinhos espalhados por toda sua carcaça nao se sinta menosprezada pelo marketing fashion e nem deixe de aproveitar seu verão por isso. A dica é ir a loja (de marca ou não) e escolher o melhor modelo pro seu "probleminha". Mais uma vez:


Liberte literalmente seu espartilho e seja feliz.




Brasil X Europa

Quanto mais vivo e viajo por esse continente, mais me impressiono com as belezas, histórias, culturas e costumes, porém sou Brasileira e reconheço as mesmas características no meu país.
A Europa é linda, mas não é tudo no mundo. Nós brasileiros temos grandes riquesas, dignas de orgulho e deveriamos dar muito mais valor ao que é nosso. O que vem de fora não é melhor nem mais bonito, apenas diferente. Por isso, quero deixar esse tópico fixo no blog, pra poder valorizar o país onde nasci e mostrar que nós temos pontecial em muitos assuntos.
Com a intenção de mostrar os pontos fortes da nossa terra, vou inaugurar essa postagem falando dos biquinis. Como por aqui (finalmente) é primavera quase verão as lojas estão cheias de moda praia pra vender, sempre que ando pelo shopping dou uma olhada nos modelos e não consigo desejo-los nem de longe, tive que pedir pra minha mãe me enviar um.
Se minha intenção fosse ganhar dinheiro, teria feito uma compra alta antes de vir pra cá e com certeza, absoluta, estaria rica e cheia de encomendas.
Desculpa portugueses, franceses, italianos, espanhóis e quem mais estiver lendo, mas são horríveis e uma coisa que nós brasileiros fazemos e muito bem são os fatos de banho, como dizem por aqui. Então aqui vai algumas demostrações pra valorizarmos ainda mais nossa criatividade nesse segmento fashion.
       MODELOS BRASILEIRO           


                                            
 MODELOS EUROPEU      
                                                                                
                                                                                        
                                                 



                         Concordam comigo?